Compositor: Não Disponível
Na estrada que passa boi
Às vezes saio andando
Com uma bengala na mão
Pra não acabar tombando
Os cascos na areia branca
Me enchem de felicidade
Me lembro o tempo que foi
Na estrada que passa boi
Eu venho matar a saudade
Em uma sombra me sento
Fico olhando a campina
Aonde a vista alcança
E a estrada termina
Então em uma miragem
Ouço um berrante tocando
O estouro da boiada
O grito da peonada
É o sono que está chegando
Ali mesmo adormeço
Em sonho vejo então
Voltar os tempos passados
De quando eu era peão
Meu laço de doze braças
Meu arreio e meu gibão
O pala e o baixeiro
Os colegas boiadeiros
Que não sei onde estão
Logo desperto do sono
E vejo a realidade
Um pobre velho entrevado
Quase morto de saudade
Então volto pro meu rancho
Com todo o meu coração
De quem já foi estradeiro
Do tempo de boiadeiro
Só resta a recordação